segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016
Move on
É muito difícil desapegar do passado.
Não sei se é defeito ou qualidade, mas às vezes, as boas lembranças vêm à cabeça e fazem até você se esquecer das ruins.
Aí, você se pergunta: por que não vivo mais isso? Por que não tenho mais isso na minha vida?
Se fosse fácil pensar com a razão o tempo todo, não existiria meditação. Se todos tivessem o pensamento claro, não existiria budismo.
Quando se respira fundo, dá para concluir: há motivos para não estarmos juntos novamente. Há motivos para que tudo tenha terminado.
Aí vem a fase de imaginar. E se pudesse reviver tudo aquilo nem que seja só por alguns instantes. Sem compromisso. Apenas para ter o gostinho.
Pura ilusão. Ninguém quer reviver bons momentos só por pouco tempo. O desejo é que tudo aquilo esteja presente na vida. É tolice negar. Quer ser feliz exatamente como na época, só que, exatamente como na época, tudo acaba e exatamente do mesmo jeito. Exatamente com o mesmo sofrimento.
Enquanto a nostalgia vai e volta, com diferentes intensidades, surge algo novo. A esperança se renova. Novos momentos felizes surgem. Marcam. Criam novas impressões e sensações inéditas na vida.
A felicidade inicia sua estadia. Não se sabe por quanto tempo.
Encontrar um bolo de cenoura trufado e bem recheado realmente me fez superar o vazio deixado por aquelas trufas de Nutella.
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