Quando eu estava no primeiro ano da faculdade, um professor disse que todos da minha geração eram muito jovens para fazer o curso de Psicologia.
Na época, não dei muita bola. Hoje, depois de passar um tempo de fora da área, percebi que tem certas coisas que a faculdade não ensina.
Foi necessário sair da área, respirar novos ares, conhecer pessoas e viver diferentes situações.
1 - Bom senso.
Mesmo no 5º ano, alguns alunos reclamaram que não utilizávamos técnicas durante os atendimentos na clínica-escola. Fica a pergunta: será que, naqueles casos específicos, era necessário aplicar alguma técnica?
Assim como na música, ou outras áreas, a teoria é uma ferramenta, não a atividade em si.
Um guitarrista deve tocar música apenas para usar suas técnicas ou estuda as técnicas para tocar melhor suas músicas?
Atingir a maturidade do bom senso é tão importante quanto o conhecimento teórico?
2 - Desculpas.
Quando alguém não quer fazer algo, a criatividade para desculpas é infinita. Cabe até um estudo das capacidades do cérebro humano.
3 - Tempo.
Um tema intimamente relacionado ao tópico anterior. Com milhares de livros de auto-ajuda, textos compartilhados nas redes sociais, palestras e treinamento de desenvolvimento e administração do tempo, as pessoas ainda insistem em dizer que deixam de fazer algo por falta de tempo. Por que será que elas não assumem que priorizam e dão preferência a algumas atividades por puro interesse pessoal?
4 - Explicações não solicitadas.
Quando alguém começa a falar uma série de justificativas e explicações da própria personalidade que não foram pedidas por nenhum dos integrantes da conversa, fica a pergunta engatilhada: “quem você está tentando convencer? A mim ou você mesmo?”.
5 - O que sou X o que faço.
Muita gente se define, primeiramente, pela profissão ou formação acadêmica. Isso é estranho, não? As pessoas se resumem apenas ao que elas fazem?
Ainda não descobri se esta é a definição mais fácil ou se simplesmente não nos interessa descobrir quem somos.
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